sábado, junho 6

Quem É Você?

  • Quem é você,
  • Que mexe com os meus sentimentos,
  • E se esvai como sangue?

  • Quem é você,
  • Que me faz sentir emoções plenas,
  • Indescritíveis,
  • Nunca sentidas antes?

  • Quem é você,
  • Que me faz dizer sim,
  • Quando quero dizer não?

  • Quem é você,
  • Que me ama tanto,
  • A ponto de querer destruir-me,
  • Que me consome por dentro?

  • Quem é você,
  • Que tanto me alucina,
  • Que tanto quer,
  • Possuir-me?

  • Quem é você,
  • Que faz com que o deseje,
  • Ardentemente,
  • Nessas tardes frias,
  • Querendo-te tanto que até dói?

  • Quem é você,
  • Que me transtorna,
  • Sempre que me toca,
  • De puro prazer?

  • Quem é você,
  • Que faz delícias,
  • Com as suas carícias,
  • E que faz meu corpo todo estremecer?

  • Quem é você?

Lulucha

quinta-feira, junho 4

"Pet Sounds" o Disco Mais Importante do Século XX

Considerado um dos discos mais importantes da história do século XX, Pet Sounds foi a grande (e para muitos, a última) obra de Brian Wilson. A verdade é que depois dela, Brian ainda compôs (sempre com os Beach Boys) a clássica canção "Good Vibrations", uma das mais célebres e perfeitas dos anos 60.

Mas Pet Sounds é cercado de uma áurea mística. Brian confessou que começou a elaborá-la após ouvir Rubber Soul, em dezembro de 1965 e se sentiu obrigado a competir com os Beatles. Dessa "competição" nasceu um dos clássicos dos anos 60 e que influenciou os Beatles na concepção de Sgt. Pepper's. E, reza a lenda, foi Sgt. Pepper's um dos responsáveis pela profunda depressão de Brian Wilson, que chorou após ouvir algo tão perfeito e se sentir sem forças para superar tanta beleza. Verdade ou mentira, Pet Sounds é um dos marcos e sua história merece ser contada.

Os Beach Boys já era o grupo de maior sucesso na América quando Brian Wilson resolveu ampliar os horizontes da banda e de seu público, no final de 1965. Desde que o grupo foi formado em 1961, pelos irmãos Brian, Carl e Dennis Wilson, além do primo Mike Love e por Al Jardine, primeiramente com o nome de Pendletones e depois já como Beach Boys, a banda galgou diversos hits nas paradas e se sedimentou como um dos mais divertidos e geniais grupos que misturavam o rock and roll dos anos 50, o doo-wop, ajudando a criar a surf music.

Entre 1962 e 1965, o grupo colocou 16 músicas entre o Top 40 da América, incluindo o grande sucesso "I Get Around", em 1964, desbancando nada menos do que os Beatles. Mas, se o sucesso era imenso, Brian Wilson, o grande músico do grupo, estava infeliz. Cansado de ser considerado um grande ídolo adolescente, Brian queria mais. Queria ser conhecido como um grande músico, alguém como um Bob Dylan ou John Lennon, como alguém que poderia e iria mudar a história da música.

Brian se sentia completamente podado pelas inúmeras viagens para apresentações e pela autoridade paterna, Murry Wilson, empresário do grupo e dono de uma mão-de-ferro nos negócios e que castrava qualquer tentativa de mudança. Em 1965, Brian conseguiu um acordo de que não iria mais viajar para os shows, após um ataque de pânico na Austrália. Na viagem, Brian começou a berrar, colocar o travesseiro na cara e pedir para aterrisarem o avião. Além disso, se sentia cada vez mais triste e solitário com aquela vida. Ele acabou sendo substituído, primeiro, por Glen Campbell, e depois por Bruce Johnston, que acabou se tornando o sexto membro do grupo.

Brian conta que após ouvir Rubber Soul, do Beatles ficou extasiado. "Percebi que cada canção tinha um grande acabamento e que todas eram muito estimulantes e resolvi trabalhar em novas canções. Eu me senti obrigado a competir com os Beatles." Para isso, convidou o letrista Tony Asher e passaram dois meses trabalhando juntos, até Tony provar que tinha habilidade para tal empreitada. Asher relembra bem como aconteceu tudo.

"Eu estava trabalhando em uma agência de publicidade em Los Angeles, fazendo jingles, em um estúdio, quando encontrei Brian gravando algumas demos no mesmo local. Nos encontramos no corredor e começamos a conversar e ele me pediu para ouvir algumas coisas. Entramos no estúdio e ele começou a tocar no piano e eu toquei uma coisas minhas. E, francamente, não esperava encontrá-lo novamente até que semanas mais tarde recebi um telefonema dele me pedindo para ajudá-lo a escrever algumas músicas para um novo disco. Pensei que fosse brincadeira de alguém e perguntei se ele não estava de sacanagem comigo. No começo achei um absurdo porque ele não tinha noção alguma das minhas habilidades como letrista, exceto daquele encontro quando mostrei algumas coisas. Parece que alguns amigos nossos em comum haviam falado bem de mim, mas ainda assim achei aquilo um tanto maluco."

Tony acabou tirando uma licença não-remunerada de seu trabalho e aceitou o desafio. "Na primeira vez em que fui à sua casa ficamos apenas conversando e ele me tocou algumas melodias que havia feito, mas que precisavam de letras e vozes. Uma das canções que ele me mostrou era 'Sloop John B', que já estava pronta e também tinha 'You Still Believe In Me' que tinha o título de 'My Childhood', mas essa ele jamais me mostrou a letra. Então ele me deu 'My Childhood' e pediu para que eu começasse a trabalhar a partir dela. Eu disse que era um grande luxo escrever algo para ele, que era muito mais completo do que eu e porque seria muito difícil imaginar o que ele iria querer."

Tony conta que na maioria dos casos, Brian tocava apenas alguns acordes ao piano e mostrava fragmentos do que pretendia fazer. "Muitas vezes, Brian tinha algumas linhas escritas e o que eu buscava era captar sua idéia para poder escrever. Eu voltava para casa e trabalhava dia e noite nas canções e no dia seguinte ele me dizia sua opinião. Brian trabalhava como um editor; às vezes dizia que não gostava de tal linha e eu tentava convencê-lo dos méritos se eu tivesse confiança suficiente no que havia escrito.Obviamente, cortou algumas coisas, mas o que ele queria era me guiar para o que ele pretendia. Na verdade, ele tinha muita certeza no que queria, pois seria ele quem as cantaria. O meu papel era encontrar as palavras certas."

Brian sentiu que aquelas letras eram totalmente diferentes do que fizera antes e até brincou com Tony dizendo que, a partir de agora, "as pessoas saberão que esse é o padrão do letrista Tony Asher", devido à excelência das mesmas. Com as letras prontas, Brian correu para seu estúdio favorito, Western, e chamou o engenheiro Chuck Fritz para começarem a trabalhar, em janeiro de 1966. Enquanto o grupo viajava mundo afora, Brian escreveu 12 temas e mostrou quando retornaram de viagem.

Como as canções eram extremamente pessoais, ele mesmo resolveu cantar a maioria delas, já que queria fazer mais do que um simples álbum dos Beach Boys. Brian queria mostrar quem era ele para seu grande público. O projeto era tão grandioso na cabeça de Brian, que ele contratou inúmeros músicos para a gravação de Pet Sounds. Na verdade, a banda quase não tocou instrumento algum. Ao invés do som habitual da banda, os fãs tentariam digerir instrumentos de cordas, sopros e arranjos complicadíssimos.

O membro mais atuante dos Beach Boys foi seu primo Mike Love. Brian tinha grande admiração pela voz de Love, que também foi co-autor em "Wouldn't It Be Nice", "I'm Waiting For The Day" (uma parceria dos dois, sem a presença de Tony Asher) e "I Know There's An Answer". Veja os comentários de Brian Wilson e demais membros envolvidos para a música:"Wouldn't It Be Nice" - "Ouça os primeiros acordes da guitarra etereal na introdução. Eu e Tony visualizamos toda a cena. Nós tínhamos esse sentimento em nossos corações, como uma vibração e colocamos na música."

Uma curiosidade sobre essa canção: ela era, originalmente, o lado B do primeiro compacto, do disco, que tinha no seu lado A, "God Only Knows". Mas os DJs da época gostaram mais do lado B, que acabou chegando ao oitavo posto na parada, enquanto o lado A ficou apenas nas 39ª posição, embora tenha ido muito bem na Inglaterra, onde ficou em sexto lugar. .

Pet Sounds teve um desempenho bom nas vendagens, alcançando a 10ª colocação na parada de e sendo aclamado pelo mundo todo como uma obra-prima. A Capitol Records, no entanto, ficou temerosa quando recebeu o produto nas mãos e apostava que seria um fiasco. A gravadora só relaxou quando Paul McCartney disse que Pet Sounds era seu disco favorito e que tinha amado o trabalho. "Ninguém pode se dizer conhecedor de música sem ter ouvido Pet Sounds, que é insuperável em muitos aspectos."

George Martin, lendário produtor dos Beatles, foi mais longe: "quando eu ouvi pela primeira vez, fiquei estupefato e comecei a perguntar o que era aquilo, pois era fantástico! E quando vamos ficando mais velho, a tendência é adotarmos uma postura cada vez mais comedida com as novidades. Sem ele, jamais teríamos feito Sgt. Pepper's." Após o disco, Brian entrou em uma espiral de muitas drogas, misticismo e loucura. Sua história pessoal pode ser comparada a de Syd Barrett, que deixou o Pink Floyd e teve uma errática carreira-solo até sumir. Talvez, por isso, Brian sempre teve uma aura de gênio incompreendido ou de alguém à frente do seu tempo.

Os elogios dos Beatles, ironicamente, podem (ou não) ter mais prejudicado do que o ajudado, afinal como superar algo que os Beatles consideravam insuperável? Sua carreira-solo e os anos seguintes são marcados por inúmeros problemas e muitas lendas. Pet Sounds segue sendo um disco inovador e belo, embora, nos anos 60, escrever uma grande obra-prima fosse quase um lugar-comum entre os grandes músicos. O importante é salientar seus méritos e deixar de lado essas bobagens de que é um dos 10 melhores discos ou não, até porque lista é algo extremamente pessoal e vai de encontro a cada um.

Pet Sounds, por exemplo, não se encontra entre meus 10 mais (se eu tivesse que fazer uma lista), mas isso não significa que eu deixe de gostar ou admirar a obra. O vital para o leitor e ouvinte é tentar entender o contexto em que foi produzida e apreciar a mesma. Lembrem-se: listas servem apenas para vender revistas, gerar polêmicas burras e mostrar uma certa arrogância superior de quem a faz sobre os demais. O que precisa ficar é a obra do artista e não os "achismos do entendidos de rock."

Fonte de pesquisa; Mofo

OBS.: Àqueles que tiverem a curiosidade de ouvir essa incrível música: "Wouldn't It Be Nice" podem ouvir aqui mesmo, acesse o vídeo que está no side bar onde aparece Elton John e Brian Wilson.

domingo, maio 31

Onda Brava

  • É como a vinda de uma onda brava...
  • Assim, belo e esperado...
  • E com a alegria de quem foi surpreendido pela água...
  • Que sabia que vinha...
  • Mas não via.

  • Os corpos se movendo...
  • Para a clara constatação...
  • Da dor que se queria...
  • Onda violenta...
  • Como de outra onda...
  • Toda renascida naturalmente...

  • Nossos corpos se moviam...
  • Suavemente...
  • Contrastando com a dor existente...
  • E com a violência das ondas...
  • A constatação daquilo que se queria.

  • Corpos ardentes de desejo...
  • A respiração era ofegante...
  • E movíamos em suaves ondulações...
  • Nos movíamos sempre para dentro..
  • Cada vez mais fundo, e mais, e mais...

  • Ah! A alegria do amor é uma agonia...

  • Cada vez mais nos queríamos...
  • E cada vez mais intenso ficava...
  • De repente, outra onda violenta...
  • Houve gemidos de prazer...
  • A onda veio tão forte...

  • Nos arremessou até a praia..
  • Onde lá ficamos extasiados de amor...
  • Aquilo que nos move...
  • E que não víamos.

  • Obs.: Essa poesia não é, totalmente, de minha autoria, alguns trechos são de Mary de Oliveira e outros são meus.

Como e Porque Inventaram os Emoticons

Quem inventou o emoticon? Foi o professor Scott Fahlman, da Universidade Carnegie Mellon, nos EUA Como notar quando uma pessoa está sendo irônica ou rindo de uma piada quando ela está escrita na tela do computador? Em 1982, o professor Scott Fahlman sugeriu aos usuários da lista de avisos eletrônica (BBS uma tia-avó do orkut) da Universidade Carnegie Mellon, nos EUA: Coloque do lado da frase um :-). Hein? Ele explicou: Incline a cabeça para ler.

Os professores acharam a idéia genial afinal, uma carinha sorrindo era melhor que escrever muito engraçado. Na mesma discussão, alguém sugeriu uma alternativa: Que tal um &? Parece um barrigudinho se contorcendo de rir! Silêncio. O simpático dois-pontos, hífen e parêntese ganhou a disputa.

Logo variações da idéia original para representar as emoções começaram a ser formuladas e foram batizadas de emoticons (emoção + ícone, em inglês). Na Ásia, o pessoal não fica com torcicolo para ler os emoticons. Tudo é na horizontal. A risada, por exemplo, é (^.^). Isso porque, tradicionalmente, lá a emoção é mais delimitada pelos olhos que pela boca. No MSN dos japoneses, mande um (*_*) para mostrar admiração e um (>_<) quando estiver com raiva.

Fonte de pesquisa: Super Abril

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